Ideias Para Adiar o Fim do Mundo (Em Portugues do Brasil)

Ideias Para Adiar o Fim do Mundo (Em Portugues do Brasil)

  • Downloads:7623
  • Type:Epub+TxT+PDF+Mobi
  • Create Date:2021-04-21 01:52:18
  • Update Date:2025-09-06
  • Status:finish
  • Author:Ailton Krenak
  • ISBN:8535933581
  • Environment:PC/Android/iPhone/iPad/Kindle

Summary

Ailton Krenak nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira。 Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza, uma “humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô”。 Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno。 Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais。 Somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo。 “Nosso tempo é especialista em produzir ausências: do sentido de viver em sociedade, do próprio sentido da experiência da vida。 Isso gera uma intolerância muito grande com relação a quem ainda é capaz de experimentar o prazer de estar vivo, de dançar e de cantar。 E está cheio de pequenas constelações de gente espalhada pelo mundo que dança, canta e faz chover。 [。。。] Minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história。”

Download

Reviews

Ryan

Ailton Krenak is an indigenous writer and activist from Brazil who, in Ideas to Postpone the End of the World, outlines a prevailing and enduring colonial worldview and system that have harmed the planet as well as indigenous cultures。 These harms are all tied up together。 It's tricky for me to respond to this text because I broadly agree with it, and yet I struggle to see how we get from where we stand today to a vision that Krenak would prefer。 I note that Ideas to Postpone the End of the Worl Ailton Krenak is an indigenous writer and activist from Brazil who, in Ideas to Postpone the End of the World, outlines a prevailing and enduring colonial worldview and system that have harmed the planet as well as indigenous cultures。 These harms are all tied up together。 It's tricky for me to respond to this text because I broadly agree with it, and yet I struggle to see how we get from where we stand today to a vision that Krenak would prefer。 I note that Ideas to Postpone the End of the World is more an essay than a book, so that's perhaps an unfair expectation。 If there is a follow up, I'll read it。Notes: (view spoiler)[I don’t see anything out there that is not nature。 Everything is nature。 The cosmos is nature。 Everything I can think of is nature。 6。If there is such a hunger to consume nature, there is a similar hankering to gobble up subjectivities -- our subjectivities。 So let's live them with all the freedom we can generate; let's not put them on a supermarket shelf。 37-8。When we depersonalize the river, the mountain, when we strip them of their meaning -- an attribute we hold to be the preserve of the human being -- we relegate these places to the level of mere resources for industry and extractavism。 50(hide spoiler)] 。。。more

Felippe

De modo geral, acho que o livro é interessante e propositivo: nos leva à reflexão, ainda que superficial, das dinâmicas de relações e espaços e as consequentes transformações nesse novo contexto social。Li numa resenha que o livro peca por possuir conteúdo repetido; eu não poderia concordar mais。 Por mais que eu entenda que são discursos proferidos em palestras, acredito que o texto em si poderia ter sido mais minuciosamente formato para que esse problema não ocorresse。 Me incomoda também o vácuo De modo geral, acho que o livro é interessante e propositivo: nos leva à reflexão, ainda que superficial, das dinâmicas de relações e espaços e as consequentes transformações nesse novo contexto social。Li numa resenha que o livro peca por possuir conteúdo repetido; eu não poderia concordar mais。 Por mais que eu entenda que são discursos proferidos em palestras, acredito que o texto em si poderia ter sido mais minuciosamente formato para que esse problema não ocorresse。 Me incomoda também o vácuo de soluções propositivas。 De novo, entendo que seja parte do livro tratar abstratamente dos assuntos, no campo das ideias e do "vamos agir", mas não deixa de me incomodar que não aborde exemplos práticos。 。。。more

Italo Lins Lemos

Eis mais um livro melancólico do Ailton Krenak, em que o autor transparece o ódio que sente pela capacidade destrutiva do homem branco, dessa vez começando já pelo título。 Tratam-se de "ideias para ADIAR o fim do mundo", não para evitá-lo。 Ou seja, o fim do mundo não é uma questão de "se", mas de "quando"。 E o que é esse fim? É o fim do mundo tal como o conhecemos, pois a Terra, entendida como um organismo, resistirá à catástrofe e provavelmente reflorescerá depois de alguns milênios。 Curiosamen Eis mais um livro melancólico do Ailton Krenak, em que o autor transparece o ódio que sente pela capacidade destrutiva do homem branco, dessa vez começando já pelo título。 Tratam-se de "ideias para ADIAR o fim do mundo", não para evitá-lo。 Ou seja, o fim do mundo não é uma questão de "se", mas de "quando"。 E o que é esse fim? É o fim do mundo tal como o conhecemos, pois a Terra, entendida como um organismo, resistirá à catástrofe e provavelmente reflorescerá depois de alguns milênios。 Curiosamente, para certos povos, o mundo tem acabado há muito tempo (para os indígenas na terra que hoje chamamos de Brasil, a partir do século XVI) e é revivido todos os dias。 O que mudou, então? Mudou, para o Krenak, que a catástrofe dessa vez será generalizada e, pelo visto — vejo eu, em um comentário irônico —, só nos restaram os paraquedas coloridos。 。。。more

Eduardo Weizmann

Achei fraco。

Lucas Santhyago Brandão Dias

Um livro leve, que te leva a refletir acerca de quem você é, como você vive, e onde você está。Certamente, não duvidamos tanto individualmente quanto enquanto grupo que estamos nos preocupando com as coisas erradas。 Que os problemas estão aí aos montes e as diversas soluções possíveis apenas não estão sendo executadas。 Que as ideias estão tortas e distorcidas, que falta algum sentido, alguma conexão。Ailton Krenak reconhece esse buraco em nossa humanidade。 Circulando entre nosso mundo dito civiliz Um livro leve, que te leva a refletir acerca de quem você é, como você vive, e onde você está。Certamente, não duvidamos tanto individualmente quanto enquanto grupo que estamos nos preocupando com as coisas erradas。 Que os problemas estão aí aos montes e as diversas soluções possíveis apenas não estão sendo executadas。 Que as ideias estão tortas e distorcidas, que falta algum sentido, alguma conexão。Ailton Krenak reconhece esse buraco em nossa humanidade。 Circulando entre nosso mundo dito civilizado e os diversos mundos de povos indígenas e autóctones, ele nos traz visões que engrandecem não só nossa experiência de mundo, como o próprio mundo em si。 E não um mundo à parte de nós mesmos no qual nos instalamos enquanto tripulação, mas um mundo do qual somos parte intrínseca, um mundo que está vivo em cada fibra dentro e fora do nosso ser。 Você consegue olhar para qualquer coisa que exista que não seja natureza? Você não consegue enxergar a natureza que vive em você?A humanidade é uma categoria excludente。 A mercadoria é uma categoria aglutinadora。 A natureza é tudo que há。 E como encaramos esta natureza? Um mundo à parte de nós mesmos (humanidade), para aproveitarmos e transformarmos em mercadoria? Quando nos separamos de nós mesmos? Quando nos reencontraremos com quem realmente somos? Como?Por meio de metáforas e situações concretas, o autor cabeça da terra nos coloca tanto enquanto receptores, quanto culpados, quanto possíveis agentes transformadores。 Não é um manual de como agir, mas um lembrete de como ser。 O sonho não é um futuro e muito menos um passado。 Nada é recurso, tudo tem sentir。 Se estamos a tanto tempo a cair, como suspenderemos o céu? Talvez chamo de metáfora o que não entendo。 Talvez a partir dessa leitura eu comece a realmente entender。 。。。more

Shai Montalvão

4。5Leitura necessária para entendermos um pouco do impacto da atividade de mineração na cultura indígena e a importância dos movimentos de proteção dessa comunidade。

Ju Harue

O compilado das palestras de Ailton Krenak levam a uma reflexão super importante sobre humanidade e como o final iminente do nosso mundo pode ser impedido quando voltamos o nosso olhar para o outro, além das pessoas mas da natureza em si。 Um toque de humor faz com que a leitura não seja monótona e de difícil compreensão。 Recomendo a leitura。

Luiz

Excelente! Traz discussões essenciais para uma boa existência individual e coletiva dos humanos。

Cassiokendi

O livro é curto, sendo uma transcrição de três palestras do autor。 Gostei da linguagem direta e de ler sobre a visão de um representante de uma tribo indígena acerca da sociedade em que vivemos。 Apesar do título do livro, não são passadas muitas ideias concretas sobre como adiar o fim do mundo。 É mais uma provocação sobre a forma como nos enxergamos enquanto humanidade, e como a exclusão da natureza desta definição de 'nós' e a consequente ideia de que a natureza tem como propósito o mero consum O livro é curto, sendo uma transcrição de três palestras do autor。 Gostei da linguagem direta e de ler sobre a visão de um representante de uma tribo indígena acerca da sociedade em que vivemos。 Apesar do título do livro, não são passadas muitas ideias concretas sobre como adiar o fim do mundo。 É mais uma provocação sobre a forma como nos enxergamos enquanto humanidade, e como a exclusão da natureza desta definição de 'nós' e a consequente ideia de que a natureza tem como propósito o mero consumo contribuem para a exaustão dos recursos naturais do planeta。 。。。more

Adrienne Moraes

Embora eu discorde de algumas críticas do autor, como a "demonização" da metrópole e tudo o que ela pode proporcionar, gostei das reflexões trazidas sobre a relação sagrada que todos deveríamos ter com a Terra。 Ele me fez refletir sobre o meu papel na preservação/luta contra a destruição do meio ambiente。Em que momento eu perdi a minha conexão com a Pacha Mama? Embora eu discorde de algumas críticas do autor, como a "demonização" da metrópole e tudo o que ela pode proporcionar, gostei das reflexões trazidas sobre a relação sagrada que todos deveríamos ter com a Terra。 Ele me fez refletir sobre o meu papel na preservação/luta contra a destruição do meio ambiente。Em que momento eu perdi a minha conexão com a Pacha Mama? 。。。more

Daeny

To be fair 1) this is very short 2) I skimmed it because I was on a deadline to finish by 5 at the same time as my work shiftProbably need to reread。。。。。。。 later

Daniela Faria

"Em 2018, quando estávamos na iminência de ser assaltados por uma situação nova no Brasil, me perguntaram: 'Como os índios vão fazer diante disso tudo?'。 Eu falei: 'Tem quinhentos anos que os índios estão resistindo, eu estou preocupado é com os brancos, como que vão fazer para escapar dessa"。Há um tempo penso sobre como o fim do mundo que vivemos é, na verdade, o fim da humanidade - "o mundo começou sem o homem e terminará sem ele"。 Ailton Krenak faz refletir que para adiarmos o fim do mundo, n "Em 2018, quando estávamos na iminência de ser assaltados por uma situação nova no Brasil, me perguntaram: 'Como os índios vão fazer diante disso tudo?'。 Eu falei: 'Tem quinhentos anos que os índios estão resistindo, eu estou preocupado é com os brancos, como que vão fazer para escapar dessa"。Há um tempo penso sobre como o fim do mundo que vivemos é, na verdade, o fim da humanidade - "o mundo começou sem o homem e terminará sem ele"。 Ailton Krenak faz refletir que para adiarmos o fim do mundo, nosso fim como espécie, precisamos justamente por um fim na humanidade como a concebemos, o mundo dividido entre humanos, sub-humanidade e natureza。 Fim do mundo já passamos por vários。。。 。。。more

Emília Prado

Ailton Krenak tem a segurança de quem passa a mensagem mais urgente do país e a serenidade de quem conhece as respostas para um futuro menos tenebroso。 Sua escrita não-ficcional envolve mais que muita obra de fantasia。Tanto "Ideias para adiar o fim do mundo" quanto "O amanhã não está à venda" acabam rápido demais, mas ainda bem que ainda temos Krenak por aqui, falando sempre que necessário, dando entrevistas, se posicionando, brigando, adiando o fim do mundo。 Ailton Krenak tem a segurança de quem passa a mensagem mais urgente do país e a serenidade de quem conhece as respostas para um futuro menos tenebroso。 Sua escrita não-ficcional envolve mais que muita obra de fantasia。Tanto "Ideias para adiar o fim do mundo" quanto "O amanhã não está à venda" acabam rápido demais, mas ainda bem que ainda temos Krenak por aqui, falando sempre que necessário, dando entrevistas, se posicionando, brigando, adiando o fim do mundo。 。。。more

bruna demichei

é um livro curto e rápido de ler, pelo o que eu entendi é uns trechos de palestras。 confesso, que não gostei muito。 porém, adorei o capítulo sobre inseguranças e sonhos pq consegui me identificar e me enxergar nele。 de resto, achei meio chatinho。 2。5 🌟

Gabriela Ribeiro

4,5 estrelas

Kamilla Fernandes

Livro muito bom。 Primeira vez que tive contato com Krenak, para além de entrevistas que já tinha visto。 Apesar de o livro ser um recorte de falas em palestras, fico feliz em ver a oralidade sendo expostas em livros。 Penso que Krenak é um dos maiores de seu tempo e saber que teremos acesso ao que ele disse por meio de escrituras me conforta。

Maíra Cadaxa

This is perfection。 Brace yourselves, you won't be the same after reading this little book full of beautifully written thoughts on humanity。I started marking all my favorite bits and ended up with marks on almost every page。 This is perfection。 Brace yourselves, you won't be the same after reading this little book full of beautifully written thoughts on humanity。I started marking all my favorite bits and ended up with marks on almost every page。 。。。more

Fernando Medeiros santos

"O que aprendi ao longo dessas décadas é que todos precisam despertar, porque, se durante um tempo éramos nós, os povos indígenas, que estávamos ameaçados de ruptura ou da extinção dos sentidos da nossa vida, hoje estamos todos diante da iminência de a Terra não suportar a nossa demanda。" Adoro pegar um livro curto que consegue me dar vários tapas em pouquíssimo tempo e é isso que esse compilado de discursos e palestras do Ailton Krenak faz。Em menos de 70 páginas ele nos questiona nossa atuaç "O que aprendi ao longo dessas décadas é que todos precisam despertar, porque, se durante um tempo éramos nós, os povos indígenas, que estávamos ameaçados de ruptura ou da extinção dos sentidos da nossa vida, hoje estamos todos diante da iminência de a Terra não suportar a nossa demanda。" Adoro pegar um livro curto que consegue me dar vários tapas em pouquíssimo tempo e é isso que esse compilado de discursos e palestras do Ailton Krenak faz。Em menos de 70 páginas ele nos questiona nossa atuação como consumidores do meio ambiente e como esse comportamento nos colocou em uma difícil posição: mudar completamente nosso estilo de vida para que o fim dos chamados "recursos" naturais seja apenas adiado。Por algum motivo, quando peguei esse livro pela primeira vez, achei que seria algo sobre sustentabilidade, mas o tema é muito mais amplo: é sobre a carga histórica do navegador branco explorar e produtizar uma terra que não lhe pertencia; sobre a nossa incapacidade de pensar no local que deixaremos para gerações futuras; e também sobre a inocência de acharmos que está tudo bem e que podemos exaurir o meio ambiente, pois somos um corpo apartado dele e podemos sobreviver sem sua ajuda。Gostaria MUITO que esse fosse um livro mais extenso, pois senti que o conhecimento transmitido foi muito superficial e em alguns pontos (dada a minha distância e falta de conhecimento sobre alguns dos assuntos) ficaram vagos e pouco claros。Leia se você quer ficar desesperado com o futuro do planeta, mas ao mesmo tempo sabe que é importante absorver e transmitir esse tipo de conhecimento。 。。。more

Marília Bacci

3,5Traz boas reflexões, mas o fato de ser apenas transcrições de palestras me deixou um pouco perdida。 Como não leio muita coisa de sociologia e filosofia, gostaria de ter lido algo mais explicativo, que tocasse na ferida aberta, mas depois trouxesse um band-aid para cobrir。

Malu

Um ótimo livro, mas tive a sensação que cada capítulo poderia ser mais explorado além das conferências e entrevista。

Ashleigh

A very short read which didn't seem to provide ideas on how to postpone the end of the world but did highlight how far we've come。 I think I have to reread this book to fully understand what he's saying。 A very short read which didn't seem to provide ideas on how to postpone the end of the world but did highlight how far we've come。 I think I have to reread this book to fully understand what he's saying。 。。。more

Ranielli Oliveira

3。5

Flávia Santos

Amei ler ele falando sobre a palestra que deu na UnB, do auditório lotado, eu SABIA que ele lembrava de mim sentadinha lá na escada ouvindo tudinho, meu primeiro contato com sustentabilidade saindo da caixinha do colonizador ocidental rico。

Amanda Broering

Faz diversas provocações que nos fazem questionar conceitos tão enraizados na sociedade que as vezes esquecemos que eles foram criados pelo homem, em favor do homem。 Ainda assim, acredito que poderia explorar mais profundamente suas ideias。

Etiene Dalcol

A wonderful short read that invites us to question what's the goal of ""civilization""。 A wonderful short read that invites us to question what's the goal of ""civilization""。 。。。more

Laura

It’s not the end of the world for all — only for some。 At the sentence level I could follow this book。 At the paragraph level, not so much。 His advocating for a diversity of knowledge is not well suited to a pithy lil tome。 For that, you need many many stories — so may I direct you to Braiding Sweetgrass。 I will always direct you to Braiding Sweetgrass。

Andrea

“Our perceptions of a great many things resemble more closely what we think about them than what they actually are。”

João Victor

mais uma incrível análise de Krenak, leitura essencial à todos

Gui

Livro legal e curtinho para quem quer conhecer um pouco do Krenak! Por ser leve, sua leitura foi bem tranquila, contudo acredito que ter visto as mesmas palestras teriam sido de muito maior valor e prazer。

Ray Maria

"O fim do mundo talvez seja uma breve interrupção de um estado de prazer extasiante que a gente não quer perder。" "O fim do mundo talvez seja uma breve interrupção de um estado de prazer extasiante que a gente não quer perder。" 。。。more